- Marisa Mendes
Idealização: o início do fim de um relacionamento saudável
No início, é sempre “o/a tal”… somos mestres em idealizar os outros quando ainda nem os conhecemos, sobretudo no que toca a relacionamentos amorosos, ao ponto de, na grande maioria das vezes, nos apaixonarmos por uma imagem idealizada que erradamente fizemos da outra pessoa, e de como irá correr esse relacionamento (e aí quanto mais criativos formos, mais elaborado é o “filme” que corremos na nossa mente do que irá acontecer… há quem faça grandes produções dignas de Hollywood ou Disney, ao fim do primeiro encontro).

Este processo de Idealização invariavelmente irá culminar numa enorme desilusão (des-ilusão, o fim da ilusão), para além de haver um constante nível de exigência, frustração e cobrança sempre que o relacionamento se afasta do enredo mentalmente ilustrado nessa fase inicial.
Até porque absolutamente ninguém tem a responsabilidade de corresponder a essas expectativas sobretudo se as mesmas nunca forem comunicadas.
Então porque fazemos esta idealização?
- Carência emocional e afectiva;
- Falta de amor próprio e auto valorização;
- Crenças sobre escassez (ou é este/esta ou nada);
- Medo de ficar sozinho;
- Crença colectivamente enraizara de que existe uma “metade” porque eu sou outra “metade incompleta” e por isso existe “o tal” que irá encaixar - na verdade, cada um de nós é um ser único completo e quanto muito alguém virá somar.
Então, se estás a conhecer alguém com o intuito de um relacionamento, fica atento/a às expectativas que possas estar criar sobre a outra pessoa e/ou relacionamento… essa Idealização vai-te transportar para uma projeção futura, alienas-te do presente e ficas desatento quanto a sinais que provavelmente te estão a dizer que o teu caminho é noutro lado, com outro alguém.